Materiais de Fabricação de Retentores
- denisaraujo7
- 24 de set.
- 2 min de leitura
Os retentores desempenham papel fundamental na vedação de eixos rotativos, evitando a entrada de contaminantes e a perda de lubrificantes. A escolha do material de fabricação é decisiva para garantir desempenho, durabilidade e segurança do equipamento.
Existem diversos elastômeros e compostos utilizados na fabricação de retentores, cada um com características próprias em termos de temperatura de trabalho, resistência química, abrasão, pressão e custo.
1. Borracha Nitrílica (NBR)
Temperatura de trabalho: –40 °C a +80 °C (picos até +100 °C).
Características: Boa resistência a óleos minerais, graxas e combustíveis comuns. Boa flexibilidade e custo acessível.
Limitações: Baixa resistência a ozônio, intempéries e solventes agressivos.
Aplicações típicas: Redutores, rolamentos, motores e equipamentos de uso geral.
2. Fluorelastômero (FKM/Viton ®)
Temperatura de trabalho: –20 °C a +200 °C.
Características: Excelente resistência química a solventes, óleos sintéticos e combustíveis agressivos. Mantém elasticidade em altas temperaturas.
Limitações: Custo elevado em comparação ao NBR.
Aplicações típicas: Redutores de alta performance, indústrias química e petroquímica, setores automotivo e aeronáutico.
3. Silicone (VMQ)
Temperatura de trabalho: –60 °C a +200 °C (picos até +230 °C).
Características: Ótima resistência a variações extremas de temperatura, flexibilidade mesmo em baixas temperaturas.
Limitações: Baixa resistência mecânica e à abrasão.
Aplicações típicas: Indústrias alimentícia e farmacêutica, equipamentos de baixa carga mecânica mas com altas temperaturas.
4. Politetrafluoretileno (PTFE / Teflon ®)
Temperatura de trabalho: –60 °C a +250 °C.
Características: Resistência química praticamente universal, baixo coeficiente de atrito, suporta rotações muito altas.
Limitações: Mais rígido que elastômeros convencionais, exige acabamento de eixo mais preciso e pode ter custo elevado.
Aplicações típicas: Indústria química pesada, aeroespacial, equipamentos com rotações extremas e lubrificação mínima.
5. EPDM (Etileno-Propileno-Dieno)
Temperatura de trabalho: –50 °C a +150 °C.
Características: Excelente resistência a intempéries, ozônio, vapor d’água e fluidos de freio à base de glicol.
Limitações: Baixa resistência a óleos minerais e derivados de petróleo.
Aplicações típicas: Sistemas hidráulicos especiais, setor automotivo (freios), aplicações externas sujeitas a intempéries.
6. HNBR (Borracha Nitrílica Hidrogenada)
Temperatura de trabalho: –30 °C a +150 °C.
Características: Maior resistência ao calor, ozônio e abrasão em comparação ao NBR convencional. Suporta óleos e combustíveis agressivos.
Limitações: Custo superior ao NBR.
Aplicações típicas: Indústria automotiva, compressores, bombas, equipamentos sujeitos a pressões e temperaturas mais elevadas.
7. Acrilato (ACM)
Temperatura de trabalho: –20 °C a +150 °C.
Características: Boa resistência a óleos e altas temperaturas, estabilidade em contato prolongado com combustíveis.
Limitações: Baixa resistência ao frio e à água quente.
Aplicações típicas: Motores automotivos, caixas de câmbio, transmissões.
A seleção do material deve levar em conta temperatura, tipo de lubrificante, presença de contaminantes, velocidade de rotação, pressão e custo-benefício. Enquanto o NBR atende a maioria das aplicações industriais de forma econômica, materiais como Viton, PTFE e HNBR são indispensáveis em ambientes severos, onde a falha de vedação pode comprometer a operação e gerar altos custos de parada.
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