Lubrificantes Minerais e Composto
- denisaraujo7
- há 6 dias
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Estrutura, Aplicações e Cuidados na Seleção Técnica
A escolha adequada do lubrificante é um dos fatores que mais influenciam a eficiência, a vida útil e a confiabilidade dos redutores industriais. Entre os produtos mais utilizados no setor estão os óleos minerais – nas versões parafínica, naftênica e composta – amplamente aplicados devido ao custo acessível, boa estabilidade e versatilidade operacional. A seguir, apresentamos uma visão aprofundada das características, diferenças técnicas e critérios de seleção desses lubrificantes no contexto de manutenção industrial e engenharia de confiabilidade.
1. ÓLEOS MINERAIS PARAFÍNICOS
(O padrão mais utilizado em redutores industriais de médio e grande porte)
Os óleos minerais parafínicos são derivados do petróleo e possuem excelente estabilidade térmica, bom índice de viscosidade e resistência superior à oxidação quando comparados aos óleos naftênicos.
Principais características técnicas
Boa manutenção de viscosidade com aumento de temperatura (IV elevado).
Maior resistência à oxidação durante longos períodos de operação.
Compatibilidade ampla com aditivos modernos (antidesgaste, EP, antiespumante, inibidor de corrosão).
Onde são mais indicados
Redutores de engrenagens helicoidais e cilíndricas.
Sistemas hidráulicos industriais.
Equipamentos operando em temperatura moderada a elevada.
Cuidados importantes
Monitorar oxidação e contaminação por partículas metálicas (muito comuns em redutores).
Verificar o comportamento do óleo em regime térmico instável: acima de 90–100°C há perda acelerada de desempenho.
2. ÓLEOS MINERAIS NAFTÊNICOS
(Aplicações específicas onde a temperatura ambiente é crítica)
Embora menos estáveis termicamente que os parafínicos, os óleos naftênicos apresentam excelente desempenho em baixas temperaturas, devido ao seu ponto de fluidez reduzido.
Características técnicas
Excelente fluidez em baixas temperaturas.
Menor tendência à solidificação.
Boa dissolução de aditivos, facilitando formulações especiais.
Aplicações recomendadas
Sistemas hidráulicos em ambientes frios (câmaras, regiões de baixas temperaturas).
Equipamentos que exigem partida frequente a temperaturas muito baixas.
Cuidados técnicos
Não recomendados para redutores com alta carga térmica.
Oxidam mais rápido quando submetidos a temperaturas elevadas.
3. ÓLEOS COMPOSTOS (O IDEAL)
Os óleos compostos são formulações de base mineral com adição de óleos graxos, criando um lubrificante de elevada adesividade. Eles são indispensáveis em engrenagens sem-fim × coroa, especialmente quando a coroa é de bronze.
Por que eles são fundamentais nesses sistemas?
A coroa de bronze trabalha em contato deslizante intenso.
A parcela de óleo graxo cria uma película resistente e aderente.
Evitam desgaste abrasivo do bronze.
São seguros: não reagem quimicamente com a liga metálica.
Norma de referência: AGMA 8 – Compounded é a especificação mais usada para garantir compatibilidade e desempenho.
Erros comuns encontrados pela ANDEP
Substituir óleo composto por óleo EP (extrema pressão).
Uso de lubrificantes incompatíveis que reagem com o bronze, acelerando o desgaste.
Operar com temperatura acima de 93°C – ponto em que o bronze sofre alteração metalúrgica.
4. COMO ESCOLHER ENTRE PARAFÍNICO × NAFTÊNICO × COMPOSTO?
A seleção depende de variáveis como carga, regime térmico, velocidade e material envolvido nas engrenagens.
Parafínico → Maior estabilidade térmica e oxidação
Redutores industriais, engrenagens helicoidais, máquinas de alta carga.
Naftênico → Ambientes frios e alta fluidez
Aplicações em baixa temperatura.
Composto → Contato deslizante e ligas de bronze
Sem-fim × coroa, engrenamentos com coroa de bronze.






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